No dia 19 de Maio, as turmas 10º A, a minha turma, e 10º F partiram para Coimbra numa visita de estudo para alargar os conhecimentos sobre Miguel Torga com os professores Domingos Silva, Manuela Balseiro e Margarida Ribeiro. 
Na viagem da escola para Coimbra alguns alunos, Sara e Enrico do 10º A, leram textos de Miguel Torga, envergando capas de estudante a lembrar a cidade de Coimbra.


Autora: Sofia Barbosa, 10º A

Da parte da manhã, visitámos o Exploratório, onde pudemos, como o próprio nome indica, explorar as virtualidades da Ciência. Foi divertido e enriquecedor fazer as várias experiências e perceber o que pretendiam representar.

Memorial Torga

Depois de almoçarmos, encontrámo-nos com a guia, Drª Branca, no Largo da Portagem, local onde ficava o consultório do poeta-médico, e assistimos à representação de uma das personagens dos contos de Miguel Torga, Maria Lionça (Mariana do 10º A), acabadinha de chegar de Galafura, e ela contou-nos a sua história e a sua demanda. Em seguida, a personagem foi embora e entrámos num prédio onde a guia nos falou um pouco da vida do autor. Disse-nos que ele tinha seguido medicina pois queria ajudar as pessoas e que tinha ido para Coimbra pois era lá que havia tertúlias que discutiam assuntos literários.

Miguel Torga (Nelson)

Nesse mesmo prédio, ouvimos a leitura de excertos do livro A criação do Mundo, feita pela guia, e um poema lido pelo Nelson do 10º A, vestido de médico Adolfo Correia da Rocha – Miguel Torga, e ainda outro lido pela Ana Catarina do 10º F – um poema de Manuel Alegre que se refere ao poeta de S. Martinho de Anta como aquele que lhe tratou “das ventas e dos versos” e lhe deu uma “lição de vida e poesia”.
Depois da encenação, saímos do prédio e fomos para a margem do Mondego onde está o monumento memorial a Miguel Torga.

Coimbra e os Estudantes...

A nossa Guia - Dr.ª Branca

Voltámos ao autocarro, passámos pela residência universitária onde esteve Torga e ficámos a saber que ele era muito poupado, pois a mesada que o tio lhe dava tinha de ser bem gerida para conseguir concluir o curso. Já no recinto da Universidade, assistimos a uma apresentação de marionetas feita por Ana Sofia, Eliana e Flávia do 10º A, com as personagens Vicente, Nero e Faustino, das colectâneas Bichos e Contos da Montanha. Tivemos ainda tempo para desfilar com capas de estudante…
Na Casa-Museu de Miguel Torga, tivemos mais uma sugestão de leitura – O Senhor Ventura, com encenação de Diana, Luciana e Sofia do 10º A. 
Ao entrar na casa, o 10º A assistiu a um power point sobre Miguel Torga, no compartimento adaptado para receber o visitante, antiga cozinha. Nessa apresentação, ouvimos uma música de Bach, um dos compositores favoritos do autor, e ficámos a saber que ele tinha um perfil de “contrabandista espanhol”, era magro e media 1 metro e 77 centímetros. Gostava de ter sido pintor, e chegou a pintar mesmo o seu auto-retrato. Gostava muito de cinema e desenhos animados. Os seus pintores preferidos eram Picasso, Siqueiros entre outros. Era contra álbuns, publicidade e caçadores de autógrafos. Para ele, a arte era um destino, apesar de se dizer ateu, gostava dos Deuses pagãos, mas não contava com eles na hora da morte. 
Alguma história sobre a casa: A casa museu situa-se na Rua Fernando Pessoa, nº 3 em Coimbra, foi comprada pelo autor em 1952 e começou a habitá-la a 1953, com a predominância do estilo do século XIX. A câmara comprou a casa em 2004 e restaurou-a para ser um museu.
No primeiro andar, pudemos apreciar o seu escritório, com o já célebre “cubículo tumular”, que tinha a cama onde ele dormia muitas vezes, e estava decorado com quadros, peças religiosas, livros, a sua secretária e a velhinha máquina de escrever. Seguiam-se os quartos – do casal, da filha e dos hóspedes. 
No rés do chão, visitámos a sala de jantar que tinha quadros ligados ao telurismo.
Nota do visitante: a casa faz transparecer a sobriedade e simplicidade por que se pautou a vida do seu proprietário.

Máquina de escrever de Miguel Torga

Biblioteca da Casa-Museu

Casa-Museu Miguel Torga

Imagem de N.ª Sr.ª patente na Casa-Museu

Depois de sairmos da casa, ouvimos ainda a leitura de mais um poema de Miguel Torga, feita pelo aluno Hugo do 10º F, ao lado da torga que se encontra no jardim.
Depois voltámos ao autocarro de regresso a casa. Pudemos ainda ouvir o poema dedicado a Miguel Torga, da autoria do 10º A e lido pela Patrícia.
No fim da visita, ficámos a conhecer os livros: Portugal, A Criação do Mundo, Contos da Montanha, Bichos e O Senhor Ventura; e os poemas: Memória, No largo da portagem, Torga e eu.
E ficou-me na memória uma frase do autor, o seu medo de “ acordar numa manhã sem madrugada.”
Uma visita que fica na memória e da qual o presente artigo faz memória.

Pátio da Casa-Museu

Planta chamada Torga

Na Universidade...


 
 
 

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