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25 de abril de 2020
Exposição virtual dos trabalhos realizados no ano letivo 2019/2020:
ODE À LIBERDADE
Por: Samuel Rodrigues Silva, 12.º B
Oh! Liberdade!
É a ti que eu! Amo tanto!...
O sabor que tu tens é de uma abundância tal,
Que fico horas e horas a deliciar-me...
Horas e horas e horas e mais horas ainda
A desfrutar do teu aroma...
Um perfume a cravos vermelhos...
Com um resquício de pólvora...
Mas que mal tem?
Só quero poder desfrutar do teu prazer,
De mergulhar no teu estado épico
Como um verdadeiro deus do Olimpo.
Poder ouvir-te, tocar-te, cheirar-te, abraçar-te, amar-te...
Ai! Ai! Ai! UIUI!
Uhlala! Uhlala!
Quero desfrutar de cada parte tua,
De cada palavra, cada texto, cada opinião, cada debate...
Amo-te! E quero amar-te como só tu sabes ser amada.
A tua existência é o sol do meu dia.
Quero usufruir de cada parte de ti,
Das tuas curvas, das tuas metáforas, do teu perfume,
Das tuas crónicas, dos teus poemas, dos teus mitos...
De tudo aquilo que tens e que és, mas...
Queria ter-te, para sempre, na minha vida...
E que tudo isto fosse mentira
OH! Ai... Ai... Ai...
Tu!
Oh! Liberdade!
Por que é que, em tempos, me deixaste nas ruas da amargura?
Por que é que te decidiste aliar àquele maldito azul?
Porquê? Porquê? Porquê?
Por que é que decidiste apaixonar tantos homens?
Por que é que os tiveste de levar a todos?
Porquê? Ufffff !
Pooooorrrrrrrqqqqquuuêêêêêêê???
Por que deixaste tantas famílias sem pai?
Por que obrigaste tantos a partir à procura de exílio?
Já viste o que fizeste devido a um MALDITO lápis azul?
Por amares um e teres tantos outros que acorrentavas...
Já reparaste que esses que acorrentaste
Ou os que obrigaste a fugir só faziam uso de ti.
É verdade que, talvez, não da forma mas correta,
Mas tinham esse direito por aqueles que te usam corretamente,
a ansiada liberdade de expressão sem nada ser censurado,
Sem nada ter de ser riscado.
Tu davas cor aos jornais,
Quando eles só queriam ser a preto e branco.
Quando o azul atormentava a leitura,
Quando tu, com as irmãs portuguesas,
Decidiram emigrar para lado nenhum
ZUM!! PASH! PUM
“CALOU!”
“mas”...
“MAS NADA! VEM COMIGO E MAIS NADA!”
“Pai...”
Ai! Ai!...
Ai! Liberdade...
Ai! Liberdade...
Aiiiiiiiiiiiiiiiii LI-BER-DA-DE!!!
Porquê tudo isto?
Por que foste? Ou melhor,
Por que é que nos privaste de ti?
Por que é que decidiste fazer isto?
Por que é que demoraste tanto a voltar?
Por que é que um cidadão não podia falar?
Se era só um utensílio para cozinhar?
Por que é que Peniche tem um forte?
Ó Daniel Cabrita!
Ó António Coelho!
Ó José Soares!
Ó Marcelino!
Ó 13 de Peniche!
O que é que vocês sofreram?
Era má a vida nessas grades...
À beira desse mar sem fim,
E, se o mar já antes tinha sido navegado,
Vocês aventuraram-se de novo...
Quebraram a brita
E quase conseguiram...
Mas...
Zás! Pash! Pum pum pum!
TRRRRRRRRRR
Tiveram de voltar...
Ai...Ai...Ai...
Liberdade! Liberdade!
Pediam os comunistas,
Mas...
só depois de passares por...
GRÂNDOLA, charmosa VILA, que abunda em rosa
E tem uma MORENA...
É que decidiste meter essas rosas
No cano de várias espingardas harmoniosas.
E nós, cheios de lealdade,
Sem nunca disparar,
Só com a mente a cantar, a gritar e a pular
E sem nunca disparar.
Finalmente, podemos exaltar
Por ti...
Oh! Liberdade! ...
ALELUIA!