Ver o mundo através dos meus olhos
I – “Ver o mundo através dos meus olhos”
II – Sensibilizar toda a comunidade educativa para a deficiência visual; Incentivar à compreensão e respeito mútuos de todos os alunos; Promovera identificação das principais barreiras à participação social, quanto à mobilidade e acessibilidade ao meio edificado, à comunicação e informação e quanto ao acesso à educação; Promover a participação ativa dos alunos em todas as atividades escolares; Orientar os alunos para o melhor uso da informação dos outros sentidos; Consciencializar para a necessidade de obter materiais acessíveis para todos; Envolver a família nas dinâmicas escolares; Sensibilizar para que todos tenham acesso a oportunidades equitativas de aprendizagem.
III – Atividades de sensibilização/informação e de orientação e mobilidade realizadas no pré-escolar e no 1.º ciclo; Utilização de metodologias ativas, significativas e diversificadas. Deu-se primazia à aprendizagem por descoberta guiada; Desenvolveram-se as seguintes atividades: Visualização e exploração do vídeo da história ”O menino que via com as mãos”; Atividades com os olhos vendados: “Sentir o mundo do Afonso”; Atividades sensoriais, de comunicação e mobilidade: Visualização e exploração do vídeo da história adaptada e cantada “De cabeça até aos pés ” Identificação e pintura de um desenho com os olhos vendados; Visita ao meio escolar envolvente do Afonso.
IV –Vendas para os olhos; Computador; Internet (Recursos Interativos); Materiais adaptados à deficiência visual (alfabeto Braille; livros de histórias, materiais sensoriais e de exploração háptica); Objetos reais; Material de escrita e de expressão plástica; Material desportivo, entre outros.
V – Pontos Fortes: Consciencialização sobre questões relacionadas com a educação inclusiva dentro do contexto escolar e na comunidade em geral; O projeto promoveu o trabalho colaborativo entre professores, alunos, pais e outros membros da comunidade escolar (Associações de Pais e Assistentes Operacionais), num ambiente de apoio e compreensão mútuos; A participação no Concurso “Escola Alerta!” levou os alunos a tomar consciência de alguns sinais de perigo associados à deficiência visual, alertando-os para questões de segurança e para a necessidade de relatar as preocupações a entidades superiores; Ao serem encorajadas a participar ativamente na segurança da escola, as crianças desenvolveram capacidades de tomada de decisão e autonomia, aprendendo a lidar com situações desafiadoras de forma responsável. Pontos Fracos: Nem todas as crianças do 1º CEB têm maturidade ou experiência para lidar com situações de insegurança. Para se garantir que as suas ações são apropriadas, é necessário proporcionar-lhes um ambiente seguro e uma orientação cuidadosa; Necessidade de formação específica, nomeadamente, para assistentes operacionais para dar uma resposta adequada às necessidades dos alunos com este tipo de deficiência; Presença de algumas barreiras arquitetónicas nos diferentes espaços escolares, condicionando a acessibilidade dos alunos; Dificuldade em assegurar as condições físicas, os materiais/equipamentos e os apoios necessários para alunos com estas especificidades. Como se sentiram os alunos ao participar/Avaliação Global: Desconforto, receio e alguma apreensão, por exemplo, durante a deslocação de olhos vendados no espaço exterior, foram algumas das emoções sentidas pelas nossas crianças nas atividades experienciadas; Muitas crianças demonstraram sentir curiosidade sobre como o Afonso realizava as tarefas do dia a dia, como se orientava no ambiente, como iria ler e comunicar. Essa curiosidade levou a perguntas e a uma procura e compreensão mais profunda; Algumas crianças demonstraram preocupação ao pensar nas limitações que o Afonso pode enfrentar. Isto motivou-as a querer ajudar ou encontrar maneiras, de forma a tornar o mundo mais inclusivo para pessoas com deficiência visual; Ao imaginar como seria viver sem visão, os alunos do 3.º B desenvolveram a empatia genuína pela experiência de uma criança cega. Isto levou-os a valorizar mais suas próprias capacidades e a reconhecer as dificuldades enfrentadas por outros; Mostraram admiração pelo Afonso, pela sua resiliência e capacidades. Os alunos do 3.º ano ficaram surpreendidos com a forma como o Afonso superou os desafios propostos e realizou as tarefas de maneira diferente. Desta forma, desenvolveramuma nova perspetiva sobre como é possível realizar determinadas tarefas sem o sentido da visão. Os alunos ficaram surpreendidos pela forma como as crianças cegas podem superar desafios e realizar tarefas de maneiras diferentes, desenvolvendo, assim, um novo conhecimento sobre as suas potencialidades.