Projetos inspiradores em torno de Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós

No âmbito da lecionação dos conteúdos literários, que integram o programa de Português do 11.º ano de escolaridade, as turmas dos Cursos Científico-Humanísticos, do AESL, participaram, no mês de maio, em duas atividades que se revelaram bastante profícuas no que concerne à consolidação dos conhecimentos e ao alargamento dos horizontes culturais dos alunos.

Assim, no dia 21 de maio, realizaram uma visita de estudo, dinamizada pela associação «Opera Omnia», à Cadeia da Relação do Porto, onde Camilo Castelo Branco cumpriu pena e redigiu “Amor de Perdição”, a sua obra mais emblemática. Aí, um guia deu a conhecer as circunstâncias verídicas que o levaram a escrever o livro, explicitando alguns contornos que causaram estupefação entre alunos e professores. Possuidor de um sólido conhecimento sobre o funcionamento do edifício, em tempos idos, o guia explicitou, com minúcia e rigor, o tipo de penas que ali eram cumpridas, as características das celas e a rotina diária dos prisioneiros.

Esta visita incluiu, ainda, uma visão panorâmica da cidade invicta, a partir do Miradouro, um almoço no “Shopping” Alameda e a deslocação à Casa-Museu de Camilo Castelo Branco, em S. Miguel de Seide, onde o autor viveu com Ana Plácido, o amor da sua vida, e os filhos de ambos. Nas diferentes divisões da casa, foi possível observar a sua secretária, a biblioteca, retratos de família e objetos de escrita e, ainda, a cadeira de baloiço onde acabou por se suicidar, situação quase sempre associada à cegueira que o foi acompanhando, ao longo da vida.

Antes de rumar a S. João da Madeira, os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de visitar o Centro de Estudos, onde estava exposta uma coleção de desenhos de um dos filhos do escritor.

Por outro lado, a fim de rechear, ainda mais, a bagagem literária dos alunos, no dia 28 de maio, foi a vez de o teatro vir à escola, como vem sendo habitual no Agrupamento. Deste modo, a companhia Profe&Trolls, constituída por docentes amantes da arte dramática, fez uma soberba apresentação para todas as turmas do 11.º ano, excetuando a F. As personagens de “Os Maias”, de Eça de Queirós, subiram ao palco condensando momentos, conflitos, temas e personagens que deram corpo a uma obra que provou o brilhantismo do autor, enquanto representante do Realismo, em Portugal. Foi com entusiasmo que os alunos acolheram os atores e reconheceram o seu mérito na arte da representação. 

Paralelamente, não deixaram de reconhecer que ficaram com uma visão mais abrangente do romance queirosiano, aprimorando os seus conhecimentos sobre uma época, um modo de ser e de trajar e uma sociedade que vivia de aparências, banalidades e escândalos. 

A partir destas iniciativas, as docentes da disciplina de Português esperam ter proporcionado aos alunos um contacto mais direto com os autores, as obras e as estéticas literárias que suportam a sua escrita.

Visita CCB 11.º ano 2425

Profetrolls OM 2425


 
 
 

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