No passado dia vinte e oito de abril, as turmas do nono ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite rumaram a Lisboa, para uma visita de estudo realizada no âmbito das disciplinas de Português, Físico-Química e Ciências Naturais.

No período da manhã, depois de uma longa viagem cujo destino era a capital e de uma breve paragem, os alunos tiveram a oportunidade de assistir à dramatização singular da peça «Auto da Barca do Inferno», da autoria de Gil Vicente, pela companhia de teatro do Bairro/Ar de Filmes, em pleno Castelo de São Jorge. Antes da sua representação, houve, ainda, tempo para uma breve contextualização da peça e para os traços gerais da sua ligação ao espaço envolvente. Afinal, aqui nasceu o futuro rei D. João III, o motivo da primeira peça teatral escrita e representada por Mestre Gil, «Monólogo do Vaqueiro» ou «Auto da Visitação». Sim, este espaço histórico proporcionou aos alunos uma visita e uma vista fantásticas a partir das suas muralhas e há que nunca esquecer que aqui tiveram lugar algumas das primeiras obras do grande dramaturgo lusitano e aqui morou ao serviço da corte, sob a proteção da rainha D. Leonor, fundadora das Misericórdias.

 

A visita guiada ao público permitiu reviver a obra de Gil Vicente, reconstruir a sua ligação com os reis de Portugal e a sua relação com o Castelo de São Jorge.

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Já no período da tarde e depois de se apreciarem as típicas ruas lisboetas, a comitiva sanjoanense almoçou no vasto Jardim do Império, de onde os discentes puderam apreciar o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos. É caso para dizer que a História e o Passado dominavam naquele recanto verdejante.

Os alunos visitaram, entretanto, o Museu da Eletricidade cuja exposição permanente, “Circuito Central Elétrica”, permitiu o contacto com a maquinaria original, em perfeito estado de conservação, através da qual se conta a história desta antiga fábrica, bem como a evolução da eletricidade até às energias renováveis.

Camões não perdoaria se não déssemos o passo seguinte: visita à Basílica dos Jerónimos e apreciação primorosa dos túmulos de Luís de Camões e de Vasco da Gama, figuras imprescindíveis para a compreensão d’ «Os Lusíadas». Neste local histórico e religioso, encontra-se, igualmente, o mausoléu do rei D. Sebastião, a quem Camões dedicou a sua e nossa epopeia.

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Teve lugar, posteriormente, o percurso pedonal pelas margens do rio Tejo, saboreando a brisa de Belém e tomando todos os presentes consciência da grande homenagem aos descobridores portugueses (Padrão dos Descobrimentos), da presença da ermida onde os grandes aventureiros da Índia pediram ajuda (Mosteiro dos Jerónimos) e do local de onde partiram, em 1497, as três naus, rumo ao oriente, sob a orientação do capitão Vasco da Gama (Torre de Belém).

A visita por estas partes foi, ainda, enriquecida com a deslocação ao Starbucks e aos Pastéis de Belém (cujo estabelecimento existe desde 1837), um ex-libris do povo português.

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A viagem de regresso correu bem e todos os alunos estavam, no final do longo dia, satisfeitos pelo facto de ter imperado o convívio, as emoções e as aprendizagens. Afinal, estes momentos não existem todos os dias.


 
 
 

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