Terminou o V Festival de Teatro de S. João da Madeira. O seu último acto foi a peça “Um, ninguém e cem mil “, um monólogo brilhantemente interpretado pelo actor Virgílio Castelo, na noite do passado dia 15 de Maio.
Foi também a oportunidade para uma breve cerimónia de encerramento, em que participaram a Directora da Escola, Profª Irene Guimarães, o Vereador Rui Costa, em representação da Câmara Municipal e a Profª Cristina Reis, em nome do “Espaço Aberto”. Todas as palavras convergiram para o apreço pelo trabalho dos grupos participantes, para a adesão do público e para os méritos da organização.“Independentemente dos constrangimentos que se venham a verificar, esperamos todos pelo VI Festival de Teatro”, diria a Directora da Escola, em tom claramente esperançoso. No final da peça, as professoras Assunção Sousa e Amélia Almeida, dinamizadoras do Espaço Aberto, recentemente reformadas, e a madrinha do Festival, a actiz Thereza da Silva, foram alvo de singelas homenagens.
Hora de balanço.
Terminadas as lides organizativas das professoras do Espaço Aberto, o "Agora Nós" arranjou finalmente uma oportunidade para falar com as “mães do Festival”, Professoras Cristina Reis, Elza Paiva, Manuela Balseiro, Amélia Almeida e Assunção Sousa, para trocar s impressões sobre esta quinta edição do festival. Que balanço fazer? “O balanço é muito positivo porque os grupos que inicialmente manifestaram a vontade de participar, conseguiram, efectivamente, concretizar a sua presença no festival, o que terá sido o resultado de um esforço para honrar o compromisso assumido”.
Quisemos também saber em que é que este Festival se pode distinguir dos anteriores ou, dito de outra forma, qual poderá ser a imagem forte deste V Festival? “A diversidade de temas que os diversos grupos trouxeram ao palco – questões ambientais, sociais, as relações interpessoais, a perspectiva da (in)justiça; a introspecção; a importância da palavra e do silêncio; a multiculturalidade, questões étnicas e éticas; factos da historiografia local ...em que o teatro terá sido a forma de a comunidade ver/rever, sentir, reflectir, emocionar-se...” Dentro dessa diversidade, as nossas interlocutoras quiseram dar especial realce à “adesão e qualidade de grupos amadores e profissionais convidados, que conferiram um carácter extra-local ao festival, quer pela proveniência dos grupos, quer pela dos espectadores.” Ainda no que diz respeito à diversidade dos grupos salientou-se “o envolvimento de participantes de diferentes faixas etárias, desde as do pré-escolar até às de idade maior dos elementos das Universidades Seniores.”
E mote do festival ”Pelo teatro acontece cidadania” como se consubstanciou ele? “Em primeiro lugar esteve sempre presente porque a comunidade acorreu aos Paços da Cultura em número significativo” e esse é também um acto de cidadania, e um acto social, numa época em que as pessoas têm a tendência para se isolarem e para viverem mas suas “conchas”. Mas essa cidadania aconteceu também na “referência constante dos espectadores ao agrado suscitado pelo programa do festival.”
Palavras finais das nossas interlocutoras, para exprimir o “agradecimento a todos os grupos envolvidos, Câmara Municipal, aos elementos técnicos dos Paços da Cultura, à Direcção da Serafim Leite e todas as Direcções das escolas e de outras entidades participantes, à Madrinha do Festival, Thereza da Silva, ao público que aplaudiu efusivamente todas as peças, à imprensa e a todos os demais que colaboraram de forma solícita.”
Terminou o V Festival de Teatro de S. João da Madeira! Viva o VI Festival de Teatro de S. João da Madeira!
As equipas
O Espaço Aberto: as "mães" do Festival.
O "Espaço Aberto" e toda a equipa técnica dos Paços da Cultura.
O sucesso do Festival passou por todas estas vontades