… porque os OUTROS também importam!
No dia 30 de novembro, teve lugar um debate, nos Paços da Cultura, subordinado ao tema: “A cidade educadora não deixa ninguém para trás”, na medida em que S. João da Madeira é uma das 50 cidades educadoras no nosso país.


Apesar de esta ser, por si, uma causa nobre – de homenagem ao município e, sobretudo, à sua ação em prol da Educação -, uma outra luta esteve na senda deste evento:

um olhar mais justo em relação aos outros. Esta iniciativa da Câmara Municipal contou com a louvável parceria com a RTP, na pessoa da jornalista Joana Martins, «produtora de conteúdos, curiosa profissional e otimista em relação à internet e à Humanidade», além de autora dos programas «SÓQNÃO» e #ENTR. Deste modo, sob a moderação da promotora do infotainment, participaram, em representação dos seus Agrupamentos Escolares, os jovens Maria João Resende dos Santos (AESL), Beatriz Resende Lopes (AEJSC), Bárbara Maria Almeida (AEOJ) e Marcus Vinícius dos Santos (CEI). No caso do nosso Agrupamento e sob a coordenação da professora Dina Sarabando, estiveram presentes, na plateia, a turma do 12.º A, o Bernardo Fonseca (11.º A) e a Maria Eduarda Oliveira (11.º B).

O evento teve o seu início com outra participação do Agrupamento: as crianças do 3.º A, do Parque, de forma sincera e com uma alegria contagiante, vieram cantar e encantar a plateia com o hino das cidades educadoras.

De seguida, a Vereadora da Educação, Irene Guimarães, procedeu a uma breve apresentação, assim como a jornalista, Joana Martins, que vincou o facto de todos nós termos uma história para contar que poderá fazer a diferença, sobretudo porque se continua a lutar por um mundo melhor e por novas formas de pensar e de entender a realidade humana.

Acreditando que o formato escolhido para o seu programa é a melhor forma de se chegar ao público e, sobretudo, às gerações mais novas, a jornalista deu início ao debate, não esquecendo de revelar o quanto a curiosidade, a empatia e a coragem são a chave para combater o preconceito e promover o diálogo, circunstâncias bem visíveis ao longo da tarde.

O debate contou, como ponto de partida, com o testemunho de três vídeos protagonizados por três jovens que já sentiram, na própria pele, o que é a exclusão social: a Bruna, surda e incompreensível; o João, homossexual e sempre histriónico; o Daniel, negro e sem cultura. Partindo destes discursos carregados de vontade de lutar por um mundo diferente, no qual não haja lugar para o bullying, para a discriminação, para a homofobia, para o desrespeito e a intolerância, os alunos convidados deram a sua opinião face às temáticas apresentadas, mostraram as suas fragilidades e expuseram as suas mágoas e perspetivas, respondendo, sempre, às questões que iam sendo colocadas pela moderadora.

Agradeço, imensamente, à Maria João que, mais uma vez, soube mostrar o seu lado lutador, a sua simpatia por causas que merecem toda a nossa atenção e a sua vontade de contribuir para a educação da sociedade, porque todos os jovens presentes provaram que, se quiserem, podem TUDO!... Tudo é possível, na verdade, basta querer!

Após algumas intervenções, por parte do público, a jornalista deu o programa por terminado, agradecendo a presença de todos. Foi uma tarde muito bem passada, entre momentos de muita reflexão, alguns risos e a agregação de todos por causas pelas quais temos de continuar a lutar… porque é preciso! Ficar de braços cruzados não é, com certeza, o caminho a seguir, numa sociedade que se revela cada vez mais intolerante em relação aos outros.

Poderia tudo ser diferente? Claro que sim… SÓ QUE, AINDA, NÃO!

cidade educadora 1


 
 
 

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