Eram 17h, do passado dia 11 de Maio, quando alguns ilustres membros do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais e uns poucos, mas bons simpatizantes do mesmo, rumaram ao CMI da nossa Escola. Contámos com a presença sempre bem-vinda e interessada das excelentíssimas Senhoras Directora e Subdirectora que muito bem representaram a escola.

Objectivo: Assistir à palestra “As observações telescópicas de Galileu”, cujo orador era o Professor Doutor Henrique Leitão.Esta iniciou-se com a apresentação, do orador, pela docente Cristina Tavares, elemento da comissão organizadora.

Foi salientado que o palestrante é investigador e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É o coordenador da1_Galileo_DSC00002 comissão científica responsável pela publicação das "Obras de Pedro Nunes", pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Fundação Calouste Gulbenkian. Colabora regularmente com a Biblioteca Nacional de Portugal, onde já comissariou quatro exposições e onde dirige o projecto de catalogação dos impressos e manuscritos científicos antigos. Em Março de 2010 foi apresentada a sua tradução da obra de Galileu Galilei, «Sidereus Nuncius - o mensageiro das Estrelas». Foi com base nesta última obra que se desenrolou a sua agradável e interessante dissertação.

Os presentes ouviram atentamente toda a intervenção, tendo alguns assistentes, no final, colocado várias questões a que o orador procurou dar resposta.

Como breve resumo desta sessão salienta-se que, entre 1609 e 1612 Galileu Galilei fez um conjunto de descobertas com o telescópio que revolucionaram a história da ciência e lançaram a Europa num dos mais acesos debates culturais de que há memória. Contrariando convicções que vinham desde a antiguidade, Galileu mostrou que a Lua é coberta por montanhas e vales, que há muito mais estrelas do que se pensava, que Júpiter tem satélites, que Vénus exibe fases (como a Lua) e que Saturno tem uma configuração muito peculiar. Ficámos ainda a saber como Galileu levou a cabo essas observações e o enorme impacto que elas tiveram em toda a Europa. Mas, o que talvez terá causado maior impacto foi a novidade de que em Portugal este conhecimento foi logo divulgado, devido à vinda para escolas Jesuítas portuguesas de inúmeros pensadores da época, e de terem sido Portugueses a desempenhar um papel muito importante na difusão destas novidades telescópicas por todo o mundo. Fomos também “aliciados” a sermos verdadeiros investigadores comprando uns simples binóculos de plásticos para observar o firmamento. Assim, quando nos virem de nariz no ar, com uns binóculos e caderno de notas para registar as nossas observações, não estranhem!!!

Agradecemos toda a disponibilidade manifestada pelo Prof. Doutor Henrique Leitão em deslocar-se de Lisboa propositadamente à nossa escola para connosco partilhar a sua sabedoria e entusiasmo. Bem haja!

DMCE


 
 
 

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