Devemos fazer a diferença, porque somos todos diferentes!

À procura da igualdade foi o tema da 24.ª edição da Semana da Juventude,de S. João da Madeira, que decorreu de 15 a 18 de setembro, em diversos espaços do município, com atividades gratuitas e acessíveis a todos. 

Organizada pela Associação de Jovens - Ecos Urbanos, em coprodução com a autarquia sanjoanense e o apoio da Junta de Freguesia de S. João da Madeira e do Instituto Português de Desporto e Juventude, a programação foi elaborada a partir de um desafio lançado aos jovens das Escolas Secundárias de S. João da Madeira relativo à escolha de um tema e das respetivas atividades. 

Este ano, a programação arrancou nas escolas e, no caso do AESL, o primeiro passo foi dado no dia 15 de setembro, no CMI do Agrupamento, entre as 9h30 e as 11h00, sob a forma de um debate aberto, servindo de introito ao fórum de ideias. 

Assim, os nossos jovens (11.º A e B, 12.º A e B), jovens com voz, contaram com a presença de convidadas muito especiais, artistas que primam pelo seu ativismo em prol de causas bem nobres, Kássia Laureano e Ivvy Romão, que tornaram este momento, sem dúvida, inesquecível.

Deste modo, a equipa que participou, neste debate, de forma mais incisiva, sob a coordenação da docente Dina Sarabando (Eduardo Almeida e Lara Oliveira, do 11.º A, Alexandre Brás, Ângela Santos, Beatriz Figueiró, Edgar Vilas-Boas, Leonardo Santos, Rafael Andrade e Rodrigo Fernandes, do 11.º B, e Bernardo Fonseca, Bruno Pereira e João Aguiar, do 12.º A) questionou as convidadas sobre os mais diversos subtemas, relacionados com a temática da igualdade, como:

- as mudanças que se têm verificado na sociedade, sobretudo aquelas que incidem sobre os jovens;

- as mesmas (ou não) oportunidades de emprego em comparação com tempos remotos;

- a visão e o comportamento da sociedade em relação aos transexuais e, particularmente, sobre a prática do desporto;

- o relacionamento entre pessoas de diferentes nações;

- o acolhimento dos refugiados em S. João da Madeira;

- a eterna necessidade, como sucede com Putin, de o Homem querer mostrar que é superior ao outro;

- a questão do – ainda – racismo;

- a desigualdade salarial entre homens e mulheres;

- o assédio sexual e psicológico de que a mulher é, tantas vezes, vítima;

- a adoção de uma criança, por parte de um casal homossexual;

- a homossexualidade;

- a implementação de casas de banho públicas para pessoas não binárias;

- a revisão dos pronomes, na gramática portuguesa, quanto à identificação dos diferentes géneros.

O debate foi decorrendo, focando todas estas celeumas, de uma forma tão dinâmica que prendeu a atenção e o interesse de todos os presentes que encheram o CMI. Não faltou emoção e até lágrimas foram derramadas, porque estes assuntos fizeram com que cada um viajasse rumo ao seu íntimo e se questionasse, refletisse e pensasse: «E se fosse/for eu?». Momentos que valeram, sem dúvida, a pena por toda a carga humana repleta de sensibilidade, de consciência, de força e de motivação que foi sentida em cada palavra, em cada discurso, em cada experiência divulgada pelas convidadas especiais. Esta foi uma excelente forma de os nossos jovens e os professores presentes iniciarem o novo ano letivo.

O programa da Semana da Juventude contou com outras iniciativas cativantes associadas ao tema da igualdade. Um outro evento teve lugar na Casa da Criatividade, no dia 15 de setembro, no período compreendido entre as 18h e as 20h, o qual contou, novamente, com a presença da Kássia Laureano e da Ivvy Romão, assim como da Mafalda Fernandes, do psicólogo Bruno Sousa Franco e da Presidente dos Ecos Urbanos, Rita Pereira. Marcou, também, presença a Vereadora Paula Gaio, enquanto Conselheira para a Igualdade, no Município de S. João da Madeira.

Este fórum de ideias permitiu a partilha entre os moderadores e os jovens presentes, entre eles as alunas Ângela Santos e Lara Oliveira, em representação do AESL, de forma pertinente e aberta. Todos saímos mais conscientes do que ainda falta cumprir na nossa sociedade, para que todos possamos viver, justa e dignamente, nunca esquecendo que igualdade é respeito e equidade é justiça. Temos de aprender a dizer SIM à vida e NÃO a quem não nos respeita. E, como disse a modelo Ivvy Romão, NÃO é, definitivamente, NÃO! 

A grande arma, para se vencerem todos os preconceitos, é, sem dúvida, a comunicação… O problema é quando esse diálogo falha… porque o Homem simplesmente não quer.


 
 
 

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