Situada nas colinas refrescantes da serra, Sintra surgiu, radiante e encantadora, diante dos nossos olhos, na manhã do dia 27 de fevereiro. Não foi um dia como tantos outros. Quem diria? Fomos recebidos por um anfitrião de peso, uma daquelas pessoas “cheias de convicções inabaláveis, de sentimentos contidos ou escondidos, profundamente observadoras e críticas, inflexíveis quanto basta”. Chamava-se Eça de Queirós e sempre gostou de abalar o “estaleiro da moralidade”.

Com ele percorremos ruas, fontes, hotéis, palácios e recantos verdejantes desta imponente vila portuguesa que marca presença na sua obra tão vasta, tão corrosiva, tão misteriosa e tão sedutora. Surpreendidos por esta presença tão grata, alunos e professores reviveram momentos e fragmentos de um percurso literário que marcou uma geração e perdurou até aos dias de hoje com um surpreendente toque de intemporalidade.

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Dir-se-ia que o Palácio Nacional de Sintra, a Fonte dos Amores, a Quinta da Regaleira, o Hotel Lawrence e o Palácio de Seteais adquiriram outro encanto com a presença de tão ilustre personalidade literária que nos transportou para uma época que mereceu uma crítica mordaz e irónica do próprio. O amor, a política, a condição feminina, a decadência moral e a hipocrisia da sociedade estiveram sempre presentes no seu discurso elegante e fluido.

Não restaram dúvidas… As turmas A, B e C do 11.º ano, as respetivas docentes de Português, Maria de Lurdes Gual e Maria Henrique Paula, bem como os professores acompanhantes, Dina Paiva, Rosa Pinho, José Soares e Paulo Correia, deleitaram-se com este curto mas profícuo salto no tempo, que, assertiva e vibrantemente, sustentou, mais uma vez, a genialidade deste grande romancista.

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