A Joana Silva e a Carolina Santos, da turma D do 7º ano da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite, entrevistaram a diretora deste agrupamento de S. João da Madeira, Dr.ª Anabela Brandão, para saber mais sobre as obras que neste momento estão a ser realizadas.
JS/CS: Como é que se apercebeu que a escola precisava de obras?
Dir.: No primeiro ano em que trabalhei na escola, dei aulas nas oficinas. De inverno tinha muito frio e de verão não aguentava o calor… Quando chovia, a humidade era muita e em algumas salas chovia. Depois entrei para o Conselho Executivo (na altura a Direção chamava-se assim) e como a necessidade de melhores instalações se mantinha começamos a procurar soluções. O Presidente da altura, Prof. Pedro Gual, arranjou as salas, o chão, as paredes, … mas nada resolvia o problema! Desde então que são pedidas obras para a escola, já com mais de 60 anos.
JS/CS: Tem sido fácil trabalhar nas obras neste tempo de pandemia?
Dir.: Vejamos, há dois pontos de vista: por um lado, é melhor pois é mais seguro uma vez que os alunos não estão na escola; por outro lado, não estávamos preparados para esvaziar as oficinas já. Esperávamos fazê-lo em julho/agosto, com a ajuda de alunos, professores, … Agora só podemos recorrer aos Assistentes Operacionais, o que foi um bocadinho mau, pois quando todo o país estava em casa de quarentena, estavam todos a trabalhar na escola...
JS/CS: Que parte da escola começaram a renovar primeiro?
Dir.: As oficinas. Depois vão passar para a remoção do amianto do bloco principal e arranjo do teto do ginásio.
JS/CS: Que partes da escola é que ainda faltam ser reconstruídas?
Dir.: Só as oficinas.
JS/CS: Quais são as partes da escola que precisam de ser renovadas com mais urgência?
Dir.: As oficinas e o ginásio. Mas para já, no ginásio, a intervenção será só no teto.
JS/CS: Qual vai ser o local que será mais complicado de renovar?
Dir.: As oficinas.
JS/CS: Que normas de higiene têm sido adotadas para fazer esta renovação à escola?
Dir.: Todas as exigidas por lei.
JS/CS: Quanto tempo, aproximadamente, vão demorar as obras?
Dir.: Cerca de ano e meio.
JS/CS: Enquanto diretora da escola é preciso ter muita responsabilidade no âmbito das obras?
Dir.: Como a empreitada é da Câmara, a responsabilidade é dela. Da minha parte só faço o acompanhamento, mas não posso interferir muito. Como o subdiretor Prof. Luís Pereira gosta de obras, ele é que está a fazer um acompanhamento mais próximo.
JS/CS: As obras estão a correr como planeado?
Dir.: Para já, sim.
JS/CS: Os cursos profissionais estão a ajudar nas obras?
Dir.: São poucos os alunos porque não podem ir para a escola. Mas alguns alunos de Mecatrónica deram uma ajuda preciosa.
JS/CS: O facto de a escola ter aberto na segunda-feira, dia 18 de maio, poderá influenciar as obras?
Dir.: Não. A obra está isolada do resto da escola. Mas se tivessem de vir mais turmas para a escola, não seria possível abrir.
JS/CS: Quanta mão de obra está a ser necessária?
Dir.: Não sei exatamente, porque a obra está à responsabilidade do Empreiteiro.
JS/CS: Gosta de ser diretora deste agrupamento e de poder gerir as obras?
Dir.: Sim. Principalmente porque sei que os alunos vão ter condições muito melhores. Isso é o que importa.
No final, as entrevistadoras agradeceram a disponibilidade e a clareza da informação prestada pela Diretora do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite. Todos estão em expectativa para ver a conclusão desta obra há tantos anos desejada.
Até lá, gruas, tijolos, areia podem ser vistos na Serafim Leite porque é lá que tudo se constrói, principalmente o futuro dos alunos.
Jornalistas: Joana Silva e Carolina Santos 7ºD
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As obras em maio. Destruição e reconstrução.