Na sequência de uma atividade com os formandos da noite dos Cursos de PLA - nível A2, relativa à exploração de textos da comunicação social, surgiu a ideia de realizar entrevistas entre eles.

Assim, demos o nome à atividade "Dois dedos de conversa".

Partilhamos duas entrevistas que saíram deste trabalho, após gravação em áudio e posterior transcrição.

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Conversa com Dennis Dias:

1. Boa tarde. Fale-me de si e das suas origens?
As minhas origens são portuguesas e colombianas por parte dos pais, mas eu sou venezuelano. O meu nome é Dennis Diaz.

2. Porque veio para Portugal?
Eu cheguei aqui a Portugal para procurar um futuro melhor, dada a crise que vive o meu país agora, que é a Venezuela.

3. Quais as principais diferenças em relação ao seu país?
As principais diferenças são mesmo o clima, que é totalmente diferente, e a língua, que dizem ser igual, pode até ser parecida, mas nada tem a ver com o espanhol.

4. Como imigrante, que problemas tem enfrentado neste país?
Como problemas, tive dificuldade de comunicação dentro do trabalho, quando cheguei, pois era muito complicado perceber as coisas que lá falavam, as explicações. Além disso, tive também dificuldade em realizar amizades, pois não é igual, as culturas são diferentes e eu não conheço bem a personalidade dos portugueses.

5. Estudar português sempre foi uma opção? Porquê?
Sempre foi uma opção, eu sou até português, logo tenho obrigação de saber … é bom para mim.

6. O seu futuro, o que pensa dele?
Eu acredito que o meu futuro vai ser cheio de muito dinheiro e êxito… sendo sincero!

7. Gostava que nos deixasse uma mensagem para o futuro. Pode ser?
Pode ser continuar e nunca ficar para trás, dependendo muito dos problemas que tem o teu país, mas há sempre uma possibilidade. Se esta é pequena ou não, vai depender de ti …

Muito obrigado pela sua gentileza. Até breve!

Conversa com Luz Marina:

1. Boa tarde. Fale-me de si e das suas origens?
Eu nasci na Colômbia, mas sou de nacionalidade venezuelana. O meu nome é Luz Marina Espitia.

2. Porque veio para Portugal?
Vim para férias, mas fiquei.

3. Quais as principais diferenças em relação ao seu país?
A amabilidade e a cordialidade das pessoas e o facto de não conseguir perceber bem as pessoas a falar. Eu também tinha dificuldade em falar, pois se não percebia não podia falar.

4. Como imigrante, que problemas tem enfrentado neste país?
Bom, são vários. O primeiro deles é que as pessoas são muito desconfiadas, não ajudam facilmente e então isso complica-nos muito para resolver as questões legais, pois precisamos de trabalhar e fazer outras coisas. Além disso, para mim, o frio, o clima é muito frio para mim!!!

5. Estudar português sempre foi uma opção? Porquê?
Comecei a estudar português há três anos. Aconteceu quando o meu segundo filho chegou a Portugal e por convite de um colega de trabalho nós fomos averiguar onde havia estes cursos. Quisemos participar para poder falar e entender melhor as pessoas, mas antes ninguém nos tinha falado destes cursos.

6. O seu futuro, o que pensa dele?
O meu futuro é algo incerto, como para todas as pessoas. Alguns pensam que o seu futuro já está realizado ou que se vai realizar de alguma forma, mas isso não se pode saber. Assim deve ser, viver dia a dia!!!

7. Gostava que nos deixasse uma mensagem para o futuro. Pode ser?
Sim, uma mensagem para todas as pessoas que entram em stress, pois eu também fui uma pessoa que stressava com o futuro, mas pensei muito e li várias coisas e, agora, digo às pessoas para viver o dia a dia.

Muito obrigado pela sua gentileza. Até breve!


 
 
 

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