Os alunos do AESL, do 10.º A e B, viveram, nos dias 4 e 5 de maio, no âmbito dos conteúdos programáticos da disciplina de Português, uma viagem que os fez navegar rumo ao passado dos nossos antigos marinheiros, sentindo na pele as experiências renascentistas protagonizadas pelos lusitanos que tanto enriqueceram o mundo.
Assim, ao longo do primeiro dia da visita, os alunos e as professoras usufruíram de uma viagem, no «Yellow Boat», pelas águas habitadas pelas Tágides, companheiras inspiradoras do nosso Camões, a partir da qual puderam apreciar os monumentos que refletem a História da capital e do nosso país. Ademais e como programado, foi concretizada uma visita guiada pelas mãos do Infante D. Henrique, no Museu da Marinha. Ainda em Belém, calcorreando as ruas lisboetas, os alunos visitaram, igualmente, a Basílica do Mosteiro dos Jerónimos e, em forma de homenagem, apreciaram os túmulos de dois grandes homens: o capitão Vasco da Gama, empreendedor da primeira viagem marítima à Índia, e o poeta/épico Luís Vaz de Camões, construtor de sonhos, na lírica e na narrativa, mas cujo mérito não olvidamos e que se encontra espelhado na única epopeia nacional, «Os Lusíadas».
E foi desta forma, tão cultural e tão rica, que os jovens aventureiros do AESL preencheram o seu primeiro dia na capital portuguesa.
Mestre Gil estava, também, à nossa espera, no segundo dia, abrindo aos serafinos o Auditório de Santa Joana Princesa, a fim de todos apreciarem uma versão moderna da sua obra dramática (e há quem diga mesmo obra-prima), «Uma Farsa de Inês Pereira», levada a palco pela companhia teatral «Actus», que se revelou surpreendente e que tanto cativou os alunos do AESL. No final da representação, numa amena cavaqueira, que ilustrou a curiosidade dos discentes pelo mundo teatral, os alunos foram colocando questões atrás de questões.
A Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos foram – como não poderia deixar de ser - monumentos de paragem obrigatória, assim como a visita guiada pela Aporvela à única réplica de uma caravela em Portugal, a «Vera Cruz», ancorada no Cais de Alcântara, durante a qual tantos segredos e curiosidades nos foram revelados em torno da vida a bordo nos séculos idos.
Foi, na verdade, uma estupenda viagem ao Renascimento português, embora com os pés bem assentes no presente, mas sentindo bem de perto – e de forma orgulhosa - a glória do nosso povo contemplada nas obras de Gil Vicente e de Luís de Camões. Obrigada, génios lusitanos!
Obrigada, serafinos!
Dina Sarabando