No âmbito das disciplinas de Língua Portuguesa e História, realizámos uma visita de estudo ao Porto, no dia 6 de Maio de 2011. Nesta visita, participou a maioria dos alunos das turmas do 8º ano da nossa escola (8ºA, 8ºB e 8ºC). Partimos, à hora prevista, de autocarro, ou seja, saímos da escola às 09:00h.
Chegámos a Perafita tocava no relógio da igreja 10:00h… Como havia, ainda tempo, aproveitámos para saborear o nosso lanche, em frente ao Auditório de S. Mamede.
E chegou, entretanto, o momento de sermos acolhidos pela arte – a arte de representar! Assistimos, então, e seguidamente, à peça teatral “Falar Verdade a Mentir”, cujo texto dramático é da autoria de Almeida Garrett, um autor do século XIX, o qual foi interpretado pela companhia teatral “O Sonho”. O elenco era composto por: Eduardo Galhardo, interpretando o General Lemos e Isidoro (criado); Fábio Ferro, interpretando Duarte; Luís Valente, interpretando Brás Ferreira; Mónica Figueiras, interpretando Joaquina; Rafaela Covas, interpretando Amália; e Ruy Pessoa, o encenador, interpretando José Félix e todas as outras personagens (Lord Cockimbrook, Coronel Francisco Lemos e Tomás José Marques).
Na nossa opinião, as personagens foram bem interpretadas pelos actores em palco e estes transmitiram bem a maneira de ser e de agira das respectivas personagens que representavam, à excepção de pequenos pormenores, que foram esquecidos, como o facto de José Félix ser gordo e de Duarte ter bigode. Detalhes que apenas são reparados por um leitor atento e conhecedor da obra garrettiana, como é o nosso caso…
Quanto ao cenário, estava bem adequado ao contexto de época e do texto dramático, o que enriquecia muito a história, já nossa conhecida. Havia uma série de adereços que não eram referidos na obra de Almeida Garrett, mas que esta companhia decidiu “criar” e trazer para o palco, a fim de tornar a história mais interessante e cómica. Salientamos, também, que a parte técnica do teatro estava, de igual modo, muito bem engendrada.
As personagens envolventes no teatro interagiram, muitas vezes, com o público e, com isso, fizeram como que nós fôssemos parte da história e nos sentíssemos mais próximos das personagens. Esta peça teve por base, como já referido, a obra de Almeida Garrett, “Falar Verdade a Mentir”, mas esta companhia teatral adaptou-a de forma a torná-la ainda mais atractiva e cómica, mantendo, no entanto, sempre, a ideia geral desta comédia.
A peça teve a duração de uma hora e meia e terminou ao meio-dia, conforme previsto.
Seguidamente, parámos num centro comercial, “Mar Shopping”, localizado na zona industrial do Porto para almoçarmos e estarmos um pouco à vontade para o convívio.
Na parte da tarde, realizámos um percurso pedestre no centro do Porto e visitámos três igrejas construídas em estilo barroco. Primeiramente, fomos à Igreja de S. Francisco, local em que fomos orientados por um guia, conhecedor de cada recanto deste monumento barroco, e até vimos “caixões” nas paredes e os ossos que restavam das pessoas que morreram naquele tempo, com mais de trezentos anos, o que nos remonta, precisamente, para o tempo de Garrett.
Depois, parámos na Torre dos Clérigos, mas apenas pudemos apreciar este monumento, no seu exterior, pois não subimos à Torre por ser perigoso e porque alguns alunos estavam cansados.
Para concluir, visitámos a Sé Catedral do Porto e a Igreja do Carmo.
Como o regresso à escola só estava previsto para as 17:30h e nós partimos mais cedo, decidiu-se parar num parque para lancharmos e convivermos um pouco mais uns com os outros. E aproveitámos para nos deliciarmos com aquela paisagem tão natural.
Chegámos à escola às 18:30h, cansados, sim, mas com uma bagagem mais alargada de conhecimentos. Conseguimos criar um elo entre a Arte e a Literatura. Como diria José Félix, isto é que são puras verdades!...