A Turma A do décimo ano, do curso de Ciências e Tecnologias, e a sua professora de Biologia e Geologia, Cristina Tavares, acederam ao convite das promotoras da palestra e estiveram presentes. Primeiramente, as alunas deram início à palestra com a visualização de um vídeo e a apresentação das entidades envolvidas no projecto: o Dr. Armando Pinto, médico do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO), a jornalista da SIC, Lúcia Gonçalves, responsável pelo projecto "Vencer o Cancro" e Rui Azevedo que testemunhou a sua experiência de vida enquanto doente oncológico.

Seguidamente, o Dr. Armando Pinto explicou-nos a origem e as causas dos cancros, a sua evolução, os sintomas, o diagnóstico, como fazer a avaliação do mesmo e a investigação científica que se deve fazer para promover o combate a esta doença. Depois desta explicação, o médico frisou que a suspeita do cancro é um acto individual do médico, mas o diagnóstico é um trabalho de equipa. Por fim, aconselhou a todos os elementos do público a lerem o seu livro “Vivências de um Médico Oncologista Pediátrico”, que retrata o que vai na alma e no coração de todas as pessoas que trabalham num hospital oncológico.

De seguida, o Dr. Armando deu a palavra à jornalista da SIC, Lúcia Gonçalves, que se pronunciou um pouco sobre o projecto “Vencer o Cancro”, cujo objectivo é combater os medos da sociedade, nomeadamente sobre o cancro.

Referiu que os meios de comunicação tentam educar a população em relação a este tema e que a melhor forma para o fazer é combater os mitos que existem através de testemunhos de doentes, pois estes, com a sua voz de esperança, dão força a outras pessoas que se encontram na mesma condição ou que poderão vir a estar. 
Mencionou que cada criança e adolescente têm um modo único de reagir ao cancro e que as famílias têm que ter força ao lidarem com estas situações, pois nem todas conseguem resistir a isso e, infelizmente, resultam em divórcios.

Por fim, citou que a ideia fundamental a reter é que “É possível Vencer o Cancro!”, uma vez que qualquer pessoa deve manter a esperança, porque a parte psicológica é essencial na luta contra o cancro, sendo que não desanimar e não revoltar é importante.

Aproximando-se o fim desta palestra, chegou a vez da última intervenção dos convidados: Sr. Rui Azevedo que nos falou um pouco da sua vida enquanto doente oncológico. Contou-nos que lhe foi diagnosticado um Linfoma de Hodgkin, enquanto criança e que havia sido internado no IPO, onde foi submetido a duas cirurgias. No tempo em que esteve no IPO, os médicos e os enfermeiros tornaram-se os seus melhores amigos, apesar de, inicialmente, apenas lhe terem dado seis meses de vida. Hoje, é voluntário na pediatria do IPO do Porto. Nunca se revoltou e sempre aceitou a doença e as suas consequências futuras. Tem um lema de vida que é "Vale a pena acreditar".

Para finalizar, as alunas declamaram um texto elaborado pelas próprias, onde falaram das emoções que este tema suscitou. Esta foi uma aula diferente de Biologia e Geologia onde alargámos o nosso conhecimento sobre a unidade básica da Vida – a Célula - e a sua capacidade de se tornar cancerígena tendo sido promovida a nossa consciência ética e cívica para com a problemática da Oncologia.