Nos dias 25 e 26 de maio, os 12.º anos, turmas A e B, partiram rumo a uma aventura que se tornaria inolvidável, acompanhados pelos docentes Abílio Silva, Celestino Pinheiro, Cláudia Sá e Dina Sarabando, percorrendo Lisboa, Oeiras e Mafra.
1.º dia
A viagem teve o seu início às 6h30, momento em que os envolvidos se despediram da cidade do trabalho. O primeiro ponto da visita serafina ocorreu na vila de Mafra, passavam trinta minutos das 10 horas da manhã. O impacto inicial, manifestado pelos discentes, foi de surpresa, atendendo à magnitude do Palácio Nacional de Mafra que “preenche”, sem dúvida, este espaço geográfico do nosso país. Antes da entrada no monumento, para o visionamento da peça de teatro, motivo principal que nos conduziu a Mafra, todos tiveram, ainda, a oportunidade de observar o megalómano edifício no seu exterior, assim como a Basílica mandada construir pelo rei D. João V, o monarca que percorre as páginas da obra de José Saramago, “Memorial do Convento”, na companhia da rainha D. Maria Ana de Áustria, Blimunda de Jesus, Baltasar Sete-Sóis, o Padre Bartolomeu de Gusmão e Domenico Scarlatti, entre outras personagens.
Já nos claustros, aguardámos pelo sinal para o visionamento da peça de teatro inspirada na obra de José Saramago, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, levada ao palco pelo grupo de teatro “Éter”, às 11h00, a qual mereceu, sem dúvida, os nossos aplausos pela extraordinária conversão de uma narrativa em teatro, focando as partes essenciais do romance saramaguiano.
Seguiu-se o almoço, no Jardim do Cerco, junto ao palácio e, após este momento de convívio e de pequeno repasto entre a vegetação, dissemos adeus a Mafra, às 13h30.
Próxima paragem: a capital… O primeiro local a ser visitado foi a Fundação José Saramago, também conhecida por Casa dos Bicos. Fomos bem recebidos neste local em que cada pedacinho nos reenviava para o Nobel da Literatura. Inicialmente, fomos presenteados com uma comunicação em torno das obras de Saramago e do contexto de “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, assim como tivemos a oportunidade de apreciar a exposição patente no edifício que muito alargou os nossos conhecimentos.
Seguiu-se, tal como agendado, o percurso literário, por volta das 15h30, denominado "Lisboa, onde o mar se acabou e a terra espera", com base na ação da obra de caráter obrigatório, lecionada no 12.º ano, já referida anteriormente.
Este foi, sem dúvida, um momento deslumbrante, porque tivemos a sensação de ver sair das páginas do romance o nosso Ricardo Reis que, coincidentemente, calcorreava, connosco, as ruas da capital e cada recanto desta cidade europeia. Foi assim que nos deleitámos com o Terreiro do Paço, o Martinho da Arcada, o antigo Hotel Bragança, a estátua de Eça de Queirós, a Praça e a estátua de Camões, o Tejo, o Bairro Alto, a estátua do Adamastor, o Largo de S. Carlos, a Brasileira, o Chiado, a estátua de Fernando Pessoa, a rua Augusta e do Alecrim, entre outros locais e ruas igualmente apreciados pelo nosso protagonista na obra de Saramago.
Já com os pés bem cansados, por volta das 18h00, após as devidas despedidas das guias que tão bem nos orientaram, partimos para a Pousada da Juventude, onde passaríamos a noite. Conforme decisão da maioria, fomos jantar à Feira do Livro, no Parque Eduardo VII, aproveitando a noite bem simpática para passear e dar uma olhadela em tantos produtos livrescos que preenchiam cada uma das barraquinhas editoriais.
E, após este dia tão carregado de novos conhecimentos, de novas experiências e de novas sensações, dirigimo-nos para o nosso alojamento, onde retemperámos as nossas energias para o próximo dia.
2.º dia
Trim… trim… O despertador anunciava um novo dia que foi, logo cedo, preenchido com um delicioso pequeno-almoço que teve lugar na pousada. Quartinho arrumado e seguimos para a zona de Belém, observando, na nossa passagem, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, o Centro Cultural de Belém, o Museu da Eletricidade, entre outros “monstros” da nossa cultura. Do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat), com uma configuração invulgar, observámos o magnífico Tejo e, às 11h00, entrámos para o referido museu, apreciando um modelo tecnológico e o trabalho em desenho de Miguel Palma.
O nosso relógio biológico já refilava e, por isso, deixados perto do Jardim do Império, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, cada um procurou o local mais adequado para satisfazer as suas necessidades alimentares. Os mais gulosos não deixaram de comprar ou mesmo saborear os famosos pastéis de Belém. Afinal, ir a Lisboa e não se deliciar com uma natinha é um pecado contra a gastronomia portuguesa.
Às 15h00, após o adeus a Lisboa, seguimos rumo a Oeiras, mais precisamente ao Parque dos Poetas, onde conseguimos, numa viagem no tempo, dialogar com poetas/autores portugueses desde a Idade Média à época contemporânea com os quais os alunos contactaram desde o seu 10.º ano.
Por voltas das 17h30, todos se consciencializaram de que esta aventura, de dois dias, tinha terminado. Agora, já não era Lisboa que nos aguardava, mas a simpática cidade de S. João da Madeira…
Para veres as fotografias desta aventura, clica em:
Lisboa, Onde o Mar se Acabou e a Terra Espera… pela Serafim!