O Pavilhão do Conhecimento, no Centro Ciência Viva, foi o palco, no dia 11 de fevereiro, do lançamento do 3.º volume do livro “Raparigas na Ciência”, do qual constam quatro alunas do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite: Andreia Castro e Leonor Gonçalves, a frequentar o 12.º ano, do Curso de Ciências e Tecnologias; Andressa Almeida, do 12.º ano, do Curso de Mecatrónica; e Rita Almeida, do 11.º ano, do Curso de Ciências e Tecnologias.
A iniciativa assinalou, igualmente, o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, destacando, assim, o papel essencial das jovens na promoção do conhecimento científico.
A ideia de instituir este dia surgiu em fevereiro de 2015, durante o «World Women’s Health and DevelopmentForum», organizado pela «Royal Academy of Science International Trust» e pelo Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas. A data foi, oficialmente, reconhecida a 22 de dezembro de 2015. Desde então, este dia é celebrado com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância da participação das mulheres na ciência e a necessidade de se eliminarem barreiras impostas pela desigualdade de género.
Alguns especialistas sublinham que o caminho passa por romper estereótipos, promover modelos inspiradores e apoiar o percurso das raparigas através de programas específicos, criando ambientes inclusivos que garantam a equidade e a diversidade nas carreiras científicas.
Quanto a esta iniciativa, a edição deste ano teve um significado especial, uma vez que 2025 assinala o 10.º aniversário do Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. Desde 2022, mais de 300 jovens participaram nesta iniciativa da alçada da Ciência Viva, dando origem aos três volumes de “Raparigas na Ciência”. Na capa do livro, todas as raparigas destacadas podem ver, assim, refletidas as suas aspirações e encontrar inspiração para o futuro.
Mais do que uma simples coletânea de histórias, esta iniciativa incentivou um debate alargado sobre a importância de se envolverem as raparigas, desde cedo, em projetos científicos. A publicação do livro, dinamizada pela Ciência Viva, deu a conhecer os rostos e os percursos de 107 jovens de todo o país, ilhas e Moçambique, desde o 1.º ciclo ao Ensino Secundário, que participaram, ativamente, em projetos científicos e competições.
Entre as selecionadas, estiveram as quatro alunas do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, acompanhadas pelos pais, pela Professora Bibliotecária (Ângela Resende), pela Diretora do Agrupamento (Helena Resende) e pela Vereadora da Educação (Irene Guimarães).
Apesar da chuva, as primeiras participantes começaram a chegar ao Pavilhão do Conhecimento, onde foram recebidas com um pequeno lanche de boas-vindas. Pouco depois, às 11h00, teve início a sessão de abertura. Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva, deu as boas-vindas aos presentes, realçando a importância da iniciativa.
Seguiu-se uma conversa moderada por Cátia Cardoso, da Ciência Viva, na qual algumas jovens partilharam as suas experiências e percursos na ciência.
A cerimónia prosseguiu com a mesa-redonda «Antes e Depois», na qual foram ouvidas as histórias das jovens que participaram nas edições anteriores. O encontro moderado por José Matos, do INIAV, proporcionou uma reflexão inspiradora sobre o impacto da iniciativa, as experiências vividas e os planos para o futuro.
O evento aproximava-se do fim, mas, antes da despedida, todas as participantes juntaram-se para uma fotografia de grupo, eternizando o momento.
Após um almoço-convívio, a tarde trouxe uma surpresa especial: a oportunidade de visitar as exposições do Pavilhão do Conhecimento e de explorar, livremente, a exposição «A Ciência da Pixar», mergulhando no mundo da animação e da tecnologia.
Assim, terminou mais uma edição das “Raparigas na Ciência”, um evento que, mais do que celebrar as conquistas das jovens na ciência, continua a abrir portas para um futuro mais inclusivo e promissor.
Rita Almeida
11.ºA
(Clube dos Jovens Repórteres)
