Agosto, setembro, outubro. Acabaram as férias. Regressámos às nossas mascaradas aulas, com telhados novos e salas desempacotadas nos campos de vólei. Cá em cima, confinados no edifício principal, vamos observando movimentos do guindastre, rasgando o céu azul ou cinzento, e ouvindo ruídos de máquinas, rolando pelo pó ou pela lama, conforme a circunstância meteorológica.
Lá em baixo, a nova Serafim vai crescendo. Enquanto o PT, ex-sala 30, não permitiu o avanço da obra, foi-se adiantando a recuperação das velhas oficinas. O “corredor das inundações” desapareceu e, no seu lugar, nasceu um novo bloco oficinal. O PT foi esbarrondado e atirado aos alicerces, onde assenta agora a laje do novo pavilhão. Do velho se faz novo. Agora é a hora do ferro, o que assoma da superfície cinzenta do cimento e o que viaja em direção ao estaleiro. No dizer do responsável pela obra, “agora é sempre a crescer e vocês, lá de cima, vão começar a dar por ela”. Que cresça, e que cresça bem e depressa!
Celestino Pinheiro
31 de outubro de 2020
Testemunho fotográfico
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