O que é o nada?
Será uma pessoa?
Um objeto?
Uma palavra?
Um ser vivo qualquer?
É possível imaginar o nada?
Eu consigo! Eis o que vi ao ver… nada.
O nada é um mundo como nenhum outro...
No nada, só existem linhas e curvas e formas sem nexo,
Um nexo construído por mim.
Consegues voar no nada,
És um gigante entre homens no nada.
No nada não há cargos, preocupações,
Tarefas, expectativas.
O nada é a tua ostra.
Mas como posso saborear uma ostra vazia,
Uma ostra com “nada”?
 
No nada, tens a possibilidade de imaginar um banquete digno de um rei
Ou um castelo ou uma metrópole toda tua.
Por isso, podes, sim, ter uma ostra com “nada”!
 
Mas como viste nada?
É simples: com uma engrenagem,
Que me foi dada num momento escuro,
Quando não pensava em nada exceto no nada.
Também podes ver o nada se pensares nele.
Mas como penso no nada?
Tens que te dar ao nada!
 
Esta vida nossa é muito cheia.
Há muito de tudo,
Mas nada de nada.
 
Ao esquecer o todo de tudo na vida,
O nada abraçou-me
E eu aconcheguei-me ao nada.
Tornei-me amigo do nada
Graças à engrenagem e à sua eloquência.
O nada chama-me...
 
Chegou a hora de me tornar um com o nada.
Nada me espera...
... Nada levou-o.
Ele levou-se a si mesmo para o nada.
Agora, nada espera quem apanhará a engrenagem.
 

Afonso Tavares, 11.º A

25/10/2025

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