Construtores de um mundo melhor: a propósito da participação no Encontro das Escolas Amigas dos Direitos Humanos, promovido pela Amnistia Internacional.
“Lembremo-nos sempre: um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo”
Malala Yousazfai
Empregando um mote proferido por uma figura tão insigne como a laureada com o Nobel da Paz Malala Yousafzai enceta-se um artigo desenvolvido no contexto letivo da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica subordinado ao evento acima descrito. A sua estrutura divide-se em duas partes: a primeira efetua uma resenha com o respetivo balanço crítico dos alunos de EMRC que tomaram parte no mesmo; a segunda, por sua vez, apresenta horizontes de reflexão acerca das violações contemporâneas dos Direitos Humanos, significando um contributo dos restantes alunos que, embora estejam inscritos na disciplina, não integraram o mencionado encontro, mas nem por isso deixam de revelar sensibilidade acerca destas matérias.
a) Um encontro proveitoso (Bruno Oliveira, Eduardo Almeida, Rodrigo Duarte)
Dos dias 16 a 18 houve o encontro de Escolas Amigas dos Direitos Humanos onde se realizaram diversas atividades sobre os Direitos Humanos.
Foram dias divertidos e enriquecedores, onde usamos várias plataformas, desde o Discord até ao Microsoft teams e ao Jamboard, que embora tivesse sido melhor se fosse presencial, foi muito bem organizado nas plataformas online pela equipa que a organizou.
Tratámos de temas como a importância da igualdade, os Direitos Humanos nos dias de hoje bem como os obstáculos que o covid trouxe para o mundo e muito mais.
O grupo da Serafim Leite que participou gostou muito da experiência e gostaria de voltar a participar no próximo ano.
b) Horizontes de reflexão (Alexandra Almeida, Joana Costa, Lara Silva, Martim Gomes)
Afligem-nos, particularmente, as seguintes afrontas aos direitos fundamentais do ser humano que se vão verificando na sociedade atual:
Face ao art.º 3- “Tudo o ser humano tem direito à vida, à liberdade e a segurança pessoal”.
Este direito não está a ser cumprido, porque há muita gente que não está a ter direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. No nosso dia-a-dia temos pessoas presas por injustiça e, para a combater, encontramos por exemplo o projeto "maratona de cartas", promovido pela Amnistia Internacional.
No que concerne ao art.º 5- “Não à tortura- ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumanos ou degradantes”.
Este direito também não está a ser cumprido, em muitos países há tráfico de mulheres que são raptadas, mantidas em cativeiro e são usadas para práticas sexuais e torturadas até à morte (lembremos, por exemplo, os casos dos territórios tomados pelo autoproclamado Estado Islâmico).
Para defender estes direitos, por exemplo, perante a questão tortura poderá haver mais esclarecimento e sensibilização nas escolas sobre este tema, elucidando com acontecimentos históricos em que a mesma se manifestou de forma dramática. Já na liberdade e igualdade de género há um caminho longo a percorrer, mas que se torna impossível se a escola não for tempo e espaço de maturação de ideias e diálogo construtivo a esse respeito.
Entendemos que iniciativas como a que foi levada a cabo são possibilidades ricas e oportunas de debater o essencial da vida humana partindo do ambiente escolar, usufruindo do intercâmbio com pessoas provindas de outros contextos e fomentando uma cultura fraterna, de respeito pela diversidade e construtora de um mundo melhor e mais feliz.
GRUPO DE EMRC DA TURMA 9ºA