O Dia Internacional da Mulher é celebrado, todos os anos, a 8 de março. Esta comemoração acontece desde o início do século XX. A data de 16 de dezembro de 1977 é um marco importante, porque está associada ao reconhecimento oficial pela Assembleia Geral das Nações Unidas desta comemoração, através da Resolução 32/142.

Mas… por que razão é necessário dedicar um dia às mulheres?

Esta questão merece uma aturada reflexão, uma vez que tem a ver com a conceção de ser mulher. Desde sempre, ser mulher foi algo encarado como viver de acordo com uma ética, embora, na atualidade, se verifique um certo esbatimento deste propósito. Outrora, no seu quotidiano, era exigido às mulheres que deixassem transparecer nas suas condutas os modelos da sua generosidade, da sua integridade e do seu empenho familiar e social. A existência da mulher definia-se em função do próprio homem e, precisamente por isso, à mulher estava predestinado o papel secundário numa sociedade demarcada pelas histórias, sentimentos, emoções e pensamentos alheios ao sentir feminino. Era este o modelo que consubstanciava a ideia de inferioridade feminina em relação ao homem. 

No sentido de inverter esta realidade inaceitável, e sobretudo na senda da valorização da mulher, têm sido muitas as lutas em prol dos efetivos direitos, das oportunidades e da “voz” das mulheres. Até à atualidade, as conquistas, nesse âmbito, alicerçam-se no caminho para a igualdade em muitas dimensões, nomeadamente no direito ao voto, na igualdade salarial, na maior representação em cargos de liderança, na proteção em situações de violência física e/ou psicológica, no acesso à educação, … A caminhada percorrida até ao momento foi profícua, mas a defesa das causas já enunciadas continua atual, porque, em determinados pontos do globo, esses direitos ainda estão muito longe de serem cumpridos.

Não deveria ser necessária uma data específica dedicada às mulheres, uma vez que elas merecem ser respeitadas e valorizadas todos os dias.

Engane-se quem diz que as mulheres são frágeis!... As mulheres já provaram (e continuam a fazê-lo) que são fortes, talentosas, determinadas e poderosas, daí serem incríveis e únicas.

“Mesmo com todas as conquistas referentes aos direitos da mulher, o processo de emancipação ainda não está totalmente consolidado, pois esta continua a encontrar barreiras, tanto a nível profissional como a nível familiar.” - Maciel Korsack


 
 
 

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