Os alunos dos Cursos Científico-Humanísticos de Artes Visuais e de Economia (11.º B), do nosso estabelecimento de ensino, aquando do estudo das obras, nas aulas de Português, de dois ícones da Literatura Portuguesa, “Amor de Perdição” (Camilo Castelo Branco) e “Os Maias” (Eça de Queirós), arregaçaram as mangas e construíram guiões teatrais dando a conhecer as maravilhas destas grandiosas narrativas de relance universal, qual “Romeu e Julieta”…
Contudo, a sua ousadia foi mais além e esses mesmos guiões serviram de ponto de partida para as representações que tiveram lugar no Centro Multidisciplinar Interativo, proporcionando momentos bem hilariantes, permitindo-nos viajar para o século XIX, ocupando um lugar no hipódromo de Belém, aquando das corridas de cavalos, e também no Ramalhete, assistindo às amenas conversas entre Carlos da Maia e João da Ega. Foi possível, ainda, apreciarmos o romance malfadado entre Carlos Eduardo e Maria Eduarda, tal como os devaneios de João da Ega, participarmos numa visita guiada pela vila de Sintra através da voz de um guia paquistanês ou assistirmos a uma interessante conversa, durante a “tea time”, entre Maria Eduarda e Raquel Cohen. Um grupo decidiu, antes, como autênticos jornalistas, papaguear uma viagem por todas as obras do currículo do 10.º e do 11.º anos, enfatizando as grandes mensagem dos clássicos nacionais. Não faltou, também, uma cena de tribunal bem realista (que nos perdoe o nosso Camilo!) em que se debateu sobre qual das jovens (Teresa de Albuquerque ou Mariana Cruz) merecia mais o amor de Simão Botelho. Contrariando as perspetivas românticas, o júri votou a favor de Mariana Cruz (que bem deve ter pago à sua advogada!).
O teatro está, sem dúvida, de parabéns, mas o meu orgulho continua a ser dirigido aos meus alunos… Obrigada a todos pela forma como “ressuscitam” as nossas personagens das páginas dos nossos livros!
Dina Sarabando
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