Camões e Pessoa… em pessoa!

No dia 26 de janeiro, os alunos do 12.º ano (Ensinos Regular e Profissional) tiveram a oportunidade de assistir a um verdadeiro espetáculo de teatro, mesmo em tempos de pandemia, porque a cultura não pode continuar adormecida!

Esta viagem foi organizada pelos docentes de Português e o passaporte tinha o carimbo de duas obras geniais da nossa História e Literatura Portuguesas, a "Mensagem", de Fernando Pessoa, e "Os Lusíadas", de Luís de Camões.

Assim, levantaram âncora os dois atores do grupo “Sem Terra”, verdadeiros arrais, levando a bordo, no barco do AESL, os nossos alunos que, juntamente com Camões e Pessoa, tentaram descobrir o que se passou, afinal, com outra figura tão carismática da nossa nação, Cristiano Ronaldo, desaparecida numa rua de Lisboa. O que há, afinal, em comum entre estes três homens?! Isso agora!... O que é possível adiantar é que a solução para este problema nacional reside… sabem onde? Nas páginas das nossas obras escritas há séculos!

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Mas aqui vão algumas dicas das turmas que participaram neste espetáculo… Vamos a isso?


12.º A (Lurdes Gual)
A atuação do Grupo de Teatro «Sem Terra», que decorreu no passado dia 26 de janeiro, no AESL, contribuiu imenso para a compreensão de duas obras que integram o programa do Ensino Secundário, na disciplina de Português: "Os Lusíadas", de Luís de Camões, e a “Mensagem”, de Fernando Pessoa. A turma acolheu esta iniciativa com entusiasmo, realçando o dinamismo da dupla de atores em palco, que nunca deixou de interagir com o público de modo surpreendente. Acima de tudo, destacou a caracterização das personagens e do cenário, o cruzamento de heróis nacionais do passado e do presente, a mensagem de valorização da pátria portuguesa e a capacidade de diálogo com o público, no final da atuação.
Levar o teatro à escola é também uma forma de promover a educação e de contribuir para a formação individual e coletiva.

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12.º B (Lurdes Gual)
A atuação dos «Sem Terra», que decorreu no Centro Multidisciplinar Interativo do Agrupamento, foi, sem dúvida, uma mais-valia para a compreensão de duas obras em estudo: a epopeia camoniana e a «Mensagem», de Fernando Pessoa. Uma plateia composta por alunos de 12.º ano assistiu, com entusiasmo e alguma surpresa, a uma representação teatral que primou pela inovação em termos de apresentação dos conteúdos das duas obras. Na verdade, o palco foi pequeno para os dois atores que, movimentando-se num cenário minimalista, revelaram grande versatilidade e criatividade na interação com o público, na abordagem do conceito de heroicidade, na valorização da pátria e dos seus escritores de eleição e na aproximação dos heróis do passado a figuras da atualidade. O teatro é uma arte nobre. Diverte, educa e abre horizontes inimagináveis.

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12.º C (António Coelho)
No dia 26 de janeiro, as várias turmas do 12.º ano foram ver uma peça teatral no anfiteatro do Agrupamento, protagonizada pela companhia de teatro “SEM TERRA”. A peça a que fomos assistir chamava-se “Navegar este mar e o outro” e contava com duas personagens principais, Luís de Camões e Fernando Pessoa. Ambas defendiam a sua joia maior, “Os Lusíadas” e “Mensagem”, respetivamente.
Entretanto, estes recebem uma tarefa importante através de um “mail”. Ronaldo estava desaparecido e, com isto, iriam precisar de trabalhar em conjunto e unir as suas grandes obras para desvendar o mistério do desaparecimento de Cristiano Ronaldo.
Pessoalmente, gostei bastante desta peça, pois achei interessante o paralelismo encontrado entre as duas obras. Para além destas conexões, também achei peculiar a forma como os artistas conseguiram juntar duas realidades diferentes, sendo elas os séculos XV e XX, por um lado, e o século XXI. Estas ligações feitas pelos artistas, a partir das duas obras, permitiram a construção de uma peça com um nível elevado e que acabou por se tornar de fácil compreensão para os alunos.
Resumindo, “Navegar este mar e o outro” é uma ótima peça teatral capaz de explicar a importância de duas das maiores obras da Literatura Portuguesa com um grau de dificuldade relativamente baixo.

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12.º E (António Coelho)
Quarta-feira, dia 26 de janeiro – assistimos a uma peça de teatro representada pela companhia de teatro “Sem Terra” denominada “Navegar este mar e o outro” e que surgiu com base nas obras “Os Lusíadas” de Luís de Camões e “Mensagem” de Fernando Pessoa.
Esta peça refere Luís de Camões e Fernando Pessoa como dois heróis da História Portuguesa. Duas almas que têm de proteger a nação, cumprindo missões importantes - a que foi apresentada residia no desaparecimento de uma figura pública bastante conhecida.
Camões e Pessoa têm bastantes divergências, pois ambos defendem que uma obra é a cópia da outra e vice-versa, embora se conclua que há uma certa similitude entre elas. Em determinado momento, Camões e Pessoa decidem trabalhar em conjunto, a fim de conseguirem encontrar o desaparecido e, por isso, organizam a sua investigação por tópicos, tais como Nascimento, Prece, Ulisses e D. Sebastião, entre outros.
Nesta representação, existiu um pouco de tudo em termos de recursos, como as partes cómicas, momentos de canto e até, às vezes, a quebra da quarta parede. Em geral, apreciámos muito esta peça, uma vez que foi uma maneira atrativa e lúdica de aprender mais sobre dois grandes escritores e, além disso, percebemos como pode ser tratada a comparação das duas obras com situações atuais. Foi engraçado o facto de terem escolhido o Ronaldo como desaparecido, pois este tem um forte impacto em Portugal, tal como Camões e Pessoa tiveram (e continuam a ter).
Excelentes atores, uma ótima peça e um belo momento. Tudo isso enquanto se aprende um pouco mais da nossa cultura!

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12.º F (Maria Henrique Paula)
No dia 26 de janeiro de 2022, pelas 15:30, na Escola Secundária Dr. Serafim Leite, os dois atores da trupe “Sem Terra” puseram em cena “Os Lusíadas” e “Mensagem”, tendo como ponto de partida o desaparecimento de um herói nacional, Cristiano Ronaldo (CR7).
A turma do 12.° F, de Audiovisuais, foi unânime em considerar a representação surpreendente e criativa. Prendeu a atenção dos alunos ao relacionar a atualidade com obras dos dois autores conceituados. Apesar de serem apenas dois atores em cena, conseguiram, de forma magistral, cativar o público. Por isso, só podemos dizer: SIIIIIIIIIIIIIIIIMMMM!!
Obrigada e voltem sempre!

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No final da representação, em ambas as sessões, houve, ainda, lugar para uma conversa teatral que evidenciou, entre outros temas, a importância do teatro na educação das crianças e dos jovens.

Mais uma vez, o teatro, a cultura e a Serafim Leite saíram a ganhar!

Dina Sarabando


 
 
 

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