Depois de meses de intenso trabalho, pelas dez horas do dia 26 de Fevereiro, a floresta começou a mover-se. “Ela move-se!”, teria dito Galileu Galilei, se assistisse à cena. Quinhentas e vinte e três árvores, com os seus troncos castanhos e as suas copas de desvairadas formas e cores, todas feitas de uma vontade, moveram-se em direcção ao cortejo do Carnaval das Escolas. Nos vestidos floreavam os girassóis das energias alternativas e, nas mãos, esgrimia-se a folhinha da Serafim, de seu gracioso nomenandina domestica. Lá atrás, uma misteriosa rainha montada no seu cavalo alado, conduzido por um colorido rei-arreeiro, vigiava pela segurança da mata. A viagem chegou ao fim sem incêndios, sem moléstias, sem devastações de qualquer ordem.