Podia parecer só mais um dia para os mais esquecidos, mas depois de uma manhã banal, a tarde tornou-se entusiasmante. Largada de mochilas! Porquê? Três palavras: VISITA DE ESTUDO, neste caso, a primeira do ano, dia 12 de outubro de 2021.


12 de outubro. Um dia fora das quatro paredes. Começámos a tarde sobre rodas rumo ao Museu de Santa Maria de Lamas, onde observámos uma exposição extremamente tocante integrada no museu fundado em 1950 por Henrique Alves Amorim. Este foi construído com o propósito de guardar as suas vastas coleções. Conta com 16 salões, repletos de arte sacra até ao teto (literalmente). A exposição temporária “Living among what’s left behind”, extremamente inovadora, contempla instalações construídas com o lixo e o registo fotográfico do rio morto Pasig, nas Filipinas, do fotógrafo Mário Cruz. É um convite à reflexão sobre a poluição e o seu impacto no mundo. Esta tinha como objetivo chocar o público, colocando lixo ao lado de imagens religiosas para poder captar melhor a sua atenção. Duas das instalações artísticas – “Rio Morto1” e “Rio Morto2” – consistiam em esculturas realizadas com lixo que representam a biodiversidade existente nesse rio, fortemente ameaçado pelo avançar da poluição.

Esta exposição fez-nos tomar consciência como é vivermos rodeados de lixo e para isso mostrou -nos o rio Pasig, situado nas Filipinas, também conhecido como “Rio Morto”, onde é possível atravessar de uma margem à outra sobre o lixo. No mesmo espaço, observámos um trabalho artístico que continha uma tonelada de lixo, recolhido e tratado. Mesmo com o lixo tratado podíamos sentir o calor produzido por este.

O que mais gostámos neste museu foi a sala com a exposição fotográfica alusiva aos temas da poluição e da pobreza e o facto de não se focar só no passado histórico como os outros museus, mas também no presente e no nosso futuro, pois a poluição é um grave problema no nosso planeta e temos que tentar acabar com ela antes que seja tarde.

E como já se faziam horas, de novo sobre rodas, rumámos a Paços de Brandão.

Aí visitámos outro museu, onde ficámos a conhecer a arte de fazer papel, assim como a fábrica onde "a magia acontece(ia)". Já devem ter percebido de que museu estamos a falar, certo? Adivinharam! O Museu do Papel! Este é constituído por duas antigas fábricas, a dos Azevedos de Cima e a Custódio de Pais. Aprendemos os processos necessários para a produção do papel. Foi incrível podermos fazer nós mesmos o papel e “metermos a mão na massa”. Foi, definitivamente, uma parte que todos nós apreciámos!

Concluímos este dia com mais uma viagem de autocarro barulhenta e demorada.

Foi cansativo? Foi. Mas divertimo-nos? Claro. E uma última pergunta: Quem tem curiosidade para ver tudo isto com os próprios olhos?

Texto coletivo 9.ºD
Projeto “Expressa-te”

Veja as fotos [aqui]

lamas 9D 1


 
 
 

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