Por Diana Familiar -  Labor- 13 Setembro, 2018

“Parede cedeu numa das oficinas” e o arranjo poderá custar “milhares de euros”, contou a diretora ao labor.
O Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite começa mais um ano letivo dentro de poucos dias sem saber quando é que começa a requalificação do seu edifício que está a chegar aos 60 anos.

“Não temos novidades” sobre a requalificação da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite, respondeu Anabela Brandão, diretora do agrupamento, depois de questionada sobre o assunto pelo labor.

A única novidade sobre as instalações desta escola está relacionada com as oficinas. “Uma parede cedeu numa das oficinas” e o arranjo poderá custar “milhares de euros”, contou Anabela Brandão. Além disso, o pavilhão desportivo continua a meter “muita água”, adiantou a diretora do agrupamento ao labor.
Recorde-se que a Serafim Leite chegou a estar inscrita na quarta fase de intervenções da Parque Escolar, que, entretanto, foi interrompida pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho.
A ampliação e a reabilitação das oficinas são a prioridade da escola que pretende ainda construir seis novas salas de aulas e investir na conservação geral do edifício. Este estabelecimento de ensino há muito que esperava a notícia de que iria receber financiamento para a sua requalificação anunciada em junho de 2015.

A aprovação dofinanciamento de cerca de três milhões de euros para uma intervenção na Serafim Leite realizou-se numa reunião da Área Metropolitana do Porto (AMP). Dos 17 municípios que integram a AMP, apenas 10 conseguiram ver as suas propostas aprovadas, entre os quais S. João da Madeira, que tinha inscrito a escola naquele que veio a ser um mapeamento de obra em estabelecimentos escolares da sua área de cobertura no valor total de 60 milhões de euros.

A ansiada requalificação da Serafim Leite estava prevista começar em 2017, tal como noticiámos depois de uma entrevista a Anabela Brandão, publicada na edição de 1 de setembro de 2016, onde disse que “há muito” precisavam destas obras. “Antes de as outras duas escolas de S. João da Madeira serem intervencionadas (uma das quais foi, aliás, construída de raiz) já tínhamos necessidade de obras”.

A Câmara Municipal de S. João da Madeira confirmou nessa mesma edição o início da intervenção nesta escola em 2017. A requalificação custará cerca de 2,5 milhões de euros, dos quais 85% serão financiados por fundos comunitários e os restantes 15% pela contrapartida nacional, divididos de forma igual entre o município e o Ministério da Educação.
Poucos dias depois, o sanjoanense Pedro Nuno Santos, na qualidade de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, visitou aquela que foi a “sua” escola, a Serafim Leite. Nessa visita, Pedro Nuno Santos disse à comunicação social, que “como a requalificação da Parque Escolar foi feita por governos PS, o facto de termos agora o PS no Governo é uma esperança renovada” para que a Serafim Leite “recupere o tempo perdido”, tal como noticiámos na edição de 15 de setembro de 2016.

Jorge Sequeira e Irene Guimarães estiveram reunidos com Ministro da Educação

A requalificação da Serafim Leite estava prevista começar em meados de 2017, mas tal não aconteceu. A anterior câmara municipal liderada por Ricardo Figueiredo (PSD/CDS) lançou o concurso e a atual liderada por Jorge Sequeira (PS) concluiu o concurso para a contratação de um empreiteiro para a obra.
O empreiteiro escolhido tinha de apresentar uma caução para poder começar a obra. Como o empreiteiro não conseguiu entregar a caução acabou excluído e o concurso anulado por ter sido o único concorrente elegível.
Entretanto, “pedimos aos serviços para reverem o preço base”, depois de “vários concorrentes manifestarem que não apresentaram propostas porque o valor base era baixo” à anterior câmara, contextualizou o presidente Jorge Sequeira, adiantando que os serviços fizeram a revisão ao valor base que subirá cerca de 800 mil euros. Então o valor base passará de 2.243.688,88 euros para 3.034.688,88 euros.
O presidente da câmara, Jorge Sequeira, e Irene Guimarães, vereadora da Educação, tiveram uma reunião com Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, no dia 27 de junho, “unicamente a respeito da Escola Serafim Leite”. Apesar deste constrangimento com o concurso, os fundos comunitários e a verba por parte da autarquia e do Governo estão “garantidos” para a obra, afiançou Jorge Sequeira depois de questionado sobre o ponto de situação desta obra pelo labor.


Anfiteatro vai ser melhorado
A Escola Secundária Dr. Serafim Leite é a que tem maior oferta ao nível de cursos profissionais, mas é adepta, “cada vez mais, do equilíbrio da oferta formativa”, esclareceu Anabela Brandão. “Acreditamos que os estudos não podem acabar no 12.º ano” e é “bom ter este equilíbrio para que ambos percebam a vantagem da oferta curricular”, clarificou a diretora do agrupamento ao labor.

O maior desafio deste novo ano letivo será lidar com a reforma dos professores porque os professores em geral estão “desmotivados” e não têm “a mesma vitalidade no fim da carreira”, considerou Anabela Brandão.
A participação dos alunos na Assembleia Municipal Jovem permite aos alunos serem “mais interventivos, mais críticos” e, acima de tudo, “melhorar a comunicação”, entende a diretora do agrupamento.
O projeto “O Nosso Anfiteatro”, no valor de 5.000 euros, visa o melhoramento desse espaço sedeado na escola sede do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, e venceu o Orçamento Participativo das Escolas 2018.
“Como as cadeiras da sala 13 se encontram bastante danificadas, os alunos querem deixar o anfiteatro com a qualidade desejada e que se mantenha em perfeitas condições durante muitos anos. Assim querem contribuir para o melhoramento desta sala e deixar a sua marca na Serafim Leite”, lê-se no texto da proposta apresentada pelos alunos do 12.º ano.

Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite

1140 alunos

120 docentes

50 não docentes

AN capa labor


 
 
 

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